Fotografar o vazio

Imagens nem sempre são belas. Podem revelar-se como denúncia, opinião, contemplação, realidade. Imagens são imperfeitas como nós humanos.
Tentar resgatar a beleza por trás do trágico é uma tarefa arriscada, é faca de dois gumes. Corre-se o risco de banalizar a miséria humana e fazer da dor uma bandeira para a arte. Mas corre-se também o risco de extrair do feio, o belo. Olhar as coisas sob outro ângulo. Afinal, o conceito estético é meramente cultural, não?
Prefiro pensar assim: na ação transformadora do olhar atento que pode ver tudo e ver além. Tenho visto muito além. Vejo coisas belas, outras não. O exercício do olhar que procura é um exercício para a vida. Um dia, eu encontro aquilo que procuro.
E registro, para nunca mais esquecer.
A propósito: os dias têm sido melancólicos. Espero as cores voltarem a fazer parte desse espaço.





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