A questão técnica - uma das dificuldades de se fotografar com uma lente macro está em controlar a velocidade pois os objetos vistos de forma ampliada costumam ser captados com pouca luz, com uma pequena abertura do diafragma e, consequentemente, com baixas velocidades. Então, tenho esbarrado com um grande problema: ter de fotografar sem que haja nenhuma corrente de ar, senão tudo fica tremido ou desfocado. Por menor que seja o vento, é sempre uma grande tempestade para quem olha pela objetiva. Ou seja, não gosto do vento.
A questão emocional – adoro o vento. Era muito menina quando li Ana Terra de Érico Veríssimo, (que faz parte da obra O continente da trilogia O tempo e o vento), e compreendi que o vento anuncia coisas para a nossa alma. É assim que acontece comigo.
Somos assim mesmo. Uma síntese de contradições. E é por isso que tudo vale a pena: porque nunca somos definitivos.
Abaixo: depois de vários treinos, consegui fotografar a teia que insistia em balançar com o vento.
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