O trabalho, o lazer e o ócio: a câmera descansa

Tudo a seu tempo. Trabalhar é bom, divertir-se é bom. Mas o ócio é também uma grande necessidade. Algumas vezes passo pela situação de não querer fotografar nada, absolutamente nada. Manhã ensolarada, tarde cheias de luz, cenas perfeitas e eu completamente anestesiada.

Antes, um sofrimento e um pesar na consciência, pois só me divirto com a fotografia nos finais de semana. Hoje, descobri que isso me faz bem. Dizer não para si mesmo é sempre uma maneira de libertação. O filósofo Domenico de Masi tem um livro sobre Ócio criativo que ainda não li. Acredito que descansar a mente é como organizar os arquivos do computador: deleta aqui, cria uma nova pasta ali, junta isso com aquilo numa mesma pasta e pronto. O PC está com outra velocidade e outra disposição. Precisamos muito disso para descarregar o estresse diário.

Outro dia, assisti na televisão que algumas pessoas que pensam como eu (e como o Jorge Amado, por exemplo) reuniram-se e criaram o Nadismo, que é uma filosofia de vida em que a pessoa pára por alguns instantes o dia e não faz nada, nem pensamento ela pode ter. De acordo com os nadistas, esses momentos causam profundo relaxamento e bem estar.

Um dia eu chego lá. Por enquanto, meu ócio refere-se somente à fotografia.

Abaixo: um quase ócio. Não há nada mais simples do que fotografar folhas.

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